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No dia 7 de agosto, o CDesign Hotel recebeu a 21ª edição do Fórum de Segurança promovido pelo Sindicato de Hotéis e Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro (HotéisRIO) e pela Associação Comercial e Industrial do Recreio e das Vargens (ACIR). O evento reuniu autoridades e especialistas para debater o papel das inovações tecnológicas na segurança pública, com destaque para o uso de câmeras de reconhecimento facial, videomonitoramento e aplicativos de acionamento direto de viaturas policiais.

 

A tecnologia como aliada na segurança pública

Alfredo Lopes, presidente do HotéisRIO e da ACIR, destacou a importância de iniciativas como o fórum para promover o diálogo entre a sociedade civil e as autoridades, visando soluções concretas. Ele mencionou a influência positiva de discussões anteriores, como as que levaram à criação do 31º Batalhão de Polícia Militar e à operação de patrulhamento do Barra e do Recreio Presente. “A recente Operação Ordo, uma resposta do poder público às disputas entre traficantes e milicianos, é um exemplo de como essas discussões podem resultar em ações efetivas”, afirmou Lopes.

 

Vander Giordano, vice-presidente de compliance e institucional do Grupo Multiplan, reforçou a importância da colaboração entre o setor público e privado. Ele ressaltou que o Estado sozinho não pode resolver problemas acumulados ao longo dos anos, especialmente aqueles que afetam diretamente a economia e a imagem da cidade.

 

Casos de sucesso e novos desafios

O subprefeito de Barra da Tijuca, Recreio e Vargens, Raphael Lima, apresentou o BRT Presente como um caso de sucesso no uso da tecnologia. Segundo ele, a instalação de câmeras de vigilância reduziu em 90% os casos de vandalismo nas estações do BRT. Lima também mencionou a Civitas, uma Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia em Apoio à Segurança Pública, que já ajudou a solucionar crimes e prender criminosos.

 

O secretário de Estado de Segurança Pública, Victor Cesar Carvalho dos Santos, enfatizou o papel das inovações tecnológicas como ferramentas essenciais na luta contra o crime. Ele destacou o uso de 900 câmeras “pardal” nas ruas do Rio, que não servem apenas para multar, mas também para monitorar e prevenir ações criminosas.

 

“É preciso transformar a cidade em um ambiente de alto risco para o criminoso”, disse Santos, acrescentando que a disputa contra a criminalidade também envolve uma guerra informacional, onde os criminosos utilizam a tecnologia para manipular a opinião pública.

 

Tecnologia a serviço da sociedade

A delegada Raissa Celles, diretora do Departamento Geral de Polícia Civil do RJ, comentou como a tecnologia tem facilitado o trabalho das forças policiais. Ela mencionou a devolução de 400 celulares roubados, recuperados com o auxílio de ferramentas tecnológicas, e a praticidade do Registro de Ocorrência on-line.

 

O coronel Fábio Laviola, subsecretário de Comando e Controle da Polícia Militar, detalhou os avanços tecnológicos na corporação, incluindo o desenvolvimento de aplicativos como o 190 RJ, Rede Mulher e Rede Escola, além do uso de câmeras de reconhecimento facial, que já resultaram em 291 prisões sem incidentes. Laviola também mencionou os próximos desafios, como a instalação de câmeras nas viaturas e a utilização de drones, em parceria com a PUC-RJ e a Firjan, para a criação de um laboratório de Inteligência Artificial focado em segurança pública.

 

Reflexão e próximos passos

O presidente da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, Carlo Caiado, levantou uma questão importante para o futuro da segurança na cidade: “Devemos armar a Guarda Municipal?”. A discussão sobre o tema já está em pauta na Câmara e promete gerar debates intensos na sociedade.

 

O fórum deixou claro que, embora a tecnologia seja uma poderosa aliada, seu sucesso depende da integração com o fator humano e da colaboração entre diversas esferas da sociedade e do governo. As iniciativas discutidas durante o evento são um passo importante para tornar o Rio de Janeiro uma cidade mais segura para todos.

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